Latrina da Historia

Tomo desta sentença para um chamamento à razão.
Bin Laden foi morto.
Se justo,do modo correto como rezam os preceitos jurídicos universalmente aceitos,a História há de colocar exatamente aquilo e o que houve.
De sã consciência,ninguém poderá defender nem o holocausto,nem o extermínio étnico que acontece na Palestina nos dias atuais.
Na verdade,sentenças para um mesmo mal: a intolerância, a usurpação,a mentira e também a vaidade.
Fraquezas humanas que se repetem, fruto da cobiça e de interesses até patológicos,via de regra,inconfessos.
Terminada a IIª Guerra, foi criado uma Organização Internacional, a ONU, cuja premissa mais evidente, era a de representar todas as diferenças em busca de um equilíbrio.
Não tem sido esta a trajetória.
A ONU não tem dado as respostas às indagações que a criaram.
Vejo de soslaio a insistência brasileira na busca por um legitimo assento no Conselho de Segurança desta entidade.
Uma entidade fadada,por que já é notório, ao fracasso.
Rotundo,insofismável.
Hitler e sua corja, recebem da História a justa e perfeita condenação.
Há alguma generosidade capiciosa, quando o tema é Napoleão Bonaparte.
A mesma regalia não pontua a lembrança de Átila nem de Gen-Giz-Kan.
Preciosismos fora, o importante desta lista temporal, é perceber-mos que todos tem algo em comum.:Indivíduos que ao seus tempos sobreposuram-se ao que hoje entendemos como Estado e determinaram, segundo suas próprias óticas e regras, o conflito e o sangue como solução de afirmação e poder.
O que ocorre com a morte de Bin Laden é algo novo no certame da história da humanidade.
No exato instante em que a escaramuça americana se consome, temos verdadeiramente um rompimento civilizatório.
Não é mais o indivíduo que chama ou outorga para sí, o Poder e o Estado.
Temos o Estado, assumindo os riscos da ingerência consentida (pela ONU),praticando o crime comum, como instrumento de justiça.
Isto,por sí só, já é inaceitável.
Contudo, face a crueldade,a ignomínia cometida no 11 de Setembro, as mais de 150 nações livres e soberanas com assento na Organizações das Nações Unidas ...silenciam. Calam. Fazem de conta de que tudo esta comum e normal.
Um pecado mortal, que sepulta de vez, qualquer tipo de balizamento que possa esta entidade vir a representar.
Não foi para homologar crimes comuns, que foi criada a entidade que deveria representar,aglutinar,compor os díspares interesses das nações.
O dano cometido pelos homens no comando de Barak Obama, são irreversíveis, tanto quanto a morte de 27 mil judeus é imputado a colaboração de John Demjankuk, hoje com 91 anos.
Não é a morte do terrorista Osama Bin Laden que afirma isto - responsável direto pela morte de mais de 4700 pessoas, durante o ataque às torres gêmeas, ao avião que se chocou com o pentágono ou aquele outro vôo que foi "derrubado" por precaução na Pensilvânia-MAS o próprio silêncio que faz a ONU de suas obrigações, enquanto representadora dos direitos e dos deveres da própria humanidade.
Ao consentir que o crime seja a resposta do direito e da justiça, a ONU vilependia-se por sí própria.
Minuscúla-se diante do desafio de representar os interesses dos mais de 6 bilhões de seres humanos, para quem foi criada como serva e não como senhora.
Talvez haja uma pequena chance de redimissão.
Jeitinho, que para os brasileiros é quase ferramenta cotidiana na luta pela sobrevivência às acachapantes diferenças sistêmicas...
Mas, que tarde o sino a anunciar a missa.
A ONU tem o dever de equacionar de uma vez por todas a causa palestina.
Se não fizer isto e agora...
Servirá apenas e tão sómente a dar continuidade a distorção como regra humana e lançando os valores morais na latrina da história.

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